O Evangelho assegura-nos que aquele jovem, que veio correndo ao encontro de Jesus, era muito rico. Entendemos esta riqueza não apenas no plano material. A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la. Jesus deu-lhe tão grande valor que convidou esse jovem para participar da sua missão de salvação. Tinha todas as condições para uma grande realização e uma grande obra.
Mas o Evangelho refere que esse jovem se entristeceu com o convite. Foi-se embora abatido e triste. Este episódio faz-nos reflectir mais uma vez sobre a riqueza da juventude. Não se trata, em primeiro lugar, de bens materiais, mas da própria vida, com os valores inerentes à juventude. Provém de uma dupla herança: a vida, transmitida de geração em geração, em cuja origem primeira está Deus, cheio de sabedoria e de amor; e a educação que nos insere na cultura, a tal ponto que, em certo sentido, podemos dizer que somos mais filhos da cultura e por isso da fé, do que da natureza. Da vida brota a liberdade que, sobretudo nesta fase se manifesta como responsabilidade. E o grande momento da decisão, numa dupla opção: uma quanto ao estado de vida e outra quanto à profissão.
Bento XVI
"O Reino do Céu é semelhante a um tesouro que escondido no campo Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra esse campo.
“O Reino do Céu é como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens, e compra essa pérola.”
(Mateus 13, 44-46)
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