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segunda-feira, 14 de março de 2011

MÍSTICA, ESPIRITUALIDADE E LITURGIA: Um olhar a partir da juventude‏

 

MÍSTICA, ESPIRITUALIDADE E LITURGIA:
Um olhar a partir da juventude

Espiritualidade tem a ver com a palavra “Espírito”, para nós cristãos entendido como uma maneira de se referir a Deus, no sentido da terceira Pessoa da Trindade. Há que se superar a idéia, muito fortalecida na história, de que espírito é algo que se opõe à matéria e que têm vocações radicalmente diferentes, de maneira que devem ser separados ou caminham para a separação total. Evidente que Espírito alude àquilo que não deve simplesmente ser identificado com a matéria, a “carne”. Deve ser antes entendido como aquilo que plenifica o corpo, tornando-o mais que sua materialidade.
A partir de Jesus Cristo, compreendemos melhor o sentido de espiritualidade, o que chamamos de espiritualidade cristã. O apóstolo Paulo define bem: espiritualidade é um viver segundo o Espírito (Gl 5, 16-26; Rm 8, 5-13). Viver segundo o Espírito é uma existência aberta para Deus, deixando que Ele seja referência fundamental da pessoa. Assim a espiritualidade torna-se uma opção fundamental de vida do ser humano, na qual ele abraça uma série de valores e realidades (vindas de Deus) que estão no horizonte de sua vida, sustentam-na e, sobretudo, se manifestam no dia a dia. Portanto, espiritualidade não se trata apenas de algumas “práticas espirituais”, mas sim de uma verdadeira perspectiva de vida, uma orientação última de toda existência humana, seus sonhos, atitudes, maneira de se relacionar, de administrar as coisas, de formar opiniões e assim por diante. Manifesta-se como uma maneira de viver, seja o todo da vida e a vida toda.
Viver segundo o Espírito é também, acolhendo a Palavra de Deus, tornar-se um sinal Dele no mundo, testemunhando sempre seu projeto, o Reino de Deus, a Civilização do Amor. Por isso a espiritualidade é um não conformar-se aos esquemas injustos deste mundo, mas saber discernir os projetos (Rm 12,2). Fechar-se para Deus é viver segundo a “carne”; ou seja, deixar-se levar pelos instintos egoístas que geram todo o tipo de morte. Fechar-se para Deus é deixar-se guiar somente por si mesmo, ou então pelos ídolos da televisão, do mercado e tantos outros.
Na espiritualidade cristã, a liturgia ocupa lugar importante. Ela é entendida como o grande serviço de Cristo em favor da humanidade. Desde então a ação litúrgica da comunidade cristã deve expressar, por um lado, louvor e glorificação a Deus e, por outro, a caridade e a solidariedade com os irmãos. Liturgia é fundamentalmente ação, um agir comunitário, celebrativo, através de ritos, símbolos que expressam a salvação oferecida por Deus.
A liturgia é vista, principalmente a partir do Conc. Vaticano II, como fonte e cume da ação da Igreja (SC 10). Por isso mesmo a liturgia supõe o seguimento a Jesus, a espiritualidade cristã, sendo dela, ao mesmo tempo, expressão e alimento. Neste sentido, a espiritualidade cristã é mais ampla que a liturgia, e não se pode dizer que se “faz” espiritualidade somente no exercício da liturgia.
Disso podemos dizer que a espiritualidade é o modo de viver do cristão, aberto para Deus no seguimento a Jesus Cristo. Essa espiritualidade tem de se expressar no seu dia a dia, no conjunto de sua vida, e não somente em alguns momentos previstos. A liturgia, como ação comunitária de louvor a Deus e solidariedade fraterna, deve resultar em momentos especiais de se celebrar a obra salvadora de Deus em Cristo. Deve, portanto, se constituir em momentos fortes de espiritualidade, contudo não desligados da realidade global da pessoa e da sociedade, pois tudo se constitui desafio da espiritualidade cristã, que é essencialmente encarnada.
O documento da CNBB “Evangelização da Juventude”, em seu nº 119, assim define a mística juvenil: centrada em Jesus Cristo e no seu projeto de vida; acolhedora do cotidiano como lugar privilegiado do crescimento e santificação; alegre e cheia de esperança; marcada pela experiência comunitária onde se medita a Palavra de Deus e se celebra a Eucaristia; apoiada no modelo do “sim” de Maria e na certeza de sua presença materna e auxiliadora; conduzida pelo compromisso com o Reino, traduzida no compromisso com a transformação social a partir da sensibilidade diante do sofrimento do próximo.
Isso reforça uma dupla verdade: mística sem militância (desencarnada) é vazia e não cristã; militância sem mística não se sustenta. Ambas integradas resultam na autêntica espiritualidade cristã, entendida como orientação da vida de acordo com a vontade de Deus.

Pe. Marcelo Samaroni Spézia
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