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Jovens Online em Cristo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Novos paradigmas na religiosidade juvenil



Novos paradigmas na religiosidade juvenil

     Antes de tudo, precisamos perceber que a religiosidade juvenil tem mudado frequentemente. Diante disso, partimos, aqui, de uma visão ampla da religiosidade que permeia o mundo juvenil, que contribui para sua transcendência. Destacamos a importância da religião na vida do jovem, o cultivo de sua religiosidade e a sua relação com o sagrado.

     A fase juvenil é a que mais sente o impacto das mudanças atuais, pois o jovem está em constante transformação e em busca de querer ser o melhor em tudo que faz e, consequentemente, a sociedade lucra com isto. Ao contrário, as peças publicitárias dirigidas à juventude, em suma, colocam o jovem como um mero observador e consumidor de tudo. Temos um jovem que une a sensação de triunfo da modernidade avançada e o desejo de fruição da vida. Como afirma o padre jesuíta João Batista Libânio, o jovem “vê o mundo como um gigante video-game colorido. Está sempre a jogar e ansioso por ganhar. Não sabe perder. Nasceu para triunfar”.
Formas de religiosidade

     Percebemos a manifestação, de uma maneira silenciosa, das angústias, indagações, do desejo de responder às suas inquietações como também o de ser reconhecido pela sociedade. Mesmo que para isso abdique de alguns ou muitos valores éticos, morais, religiosos, recebidos pela família, escola e a própria comunidade religiosa.

     De mudança em mudança, de tempo em tempo, temos uma juventude carregada de responsabilidade diante da vida (estudo, trabalho, lazer, consumo, entre outras). Mas será que há um espaço para o sagrado? Como se configura a sua religiosidade, hoje?

     Há na sociedade uma espécie de selfservice diversificado e atraente, que convida o jovem a experimentar várias religiões, fazendo com que ele consuma apenas o que lhe parece significativo e que atenda às necessidades imediatas. Forma assim uma identidade religiosa sincrética. O ser humano busca sacralizar objetos, lugares e diversos outros elementos, como uma espécie de homenagem e gratidão e, ao mesmo tempo, para que o transcendente seja lembrado e adorado. Procura, através de amuletos, estrelas, duendes, imagens de anjos e santos resolver os problemas pessoais de forma rápida, dando um sentido à sua vida.

     Trazendo em sua história pessoal a identidade religiosa familiar, o jovem, muitas vezes, questiona as regras de instituições como a família, a escola e a igreja. Justamente as instituições em que ele mais confia e que mais respeita. Não satisfeito com sua tradição religiosa, procura outras que atendam às suas necessidades existenciais.

     Essa necessidade de busca pela divindade faz com que criemos imagens desse ser que julgamos superior a todos os outros seres. Não criamos apenas imagens, mas práticas religiosas que acreditamos serem os meios de nos manter diretamente ligados ao transcendente. Temos então, por um lado, uma juventude que acredita ser a religião importante e que com ela se chega mais fácil ao transcendente e, portanto, participam das missas, cultos, eventos de igrejas, grupos de jovens. Encontramos também jovens que acreditam em Deus, porém não seguem nenhuma tradição religiosa.

     Segundo as Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista - 2006, há outros elementos relevantes sobre a religiosidade juvenil: “As religiões são fontes de sentido e colaboram de forma decisiva na constituição de sua identidade e de sua visão de mundo; as igrejas possibilitam a reunião de jovens em grupos, constituindo lugares de agregação social e de exercício da cidadania. Muitos jovens saídos desses grupos religiosos têm colaborado de forma decisiva para a sociedade, inserindo-se em partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais e associações”.

     Contudo não podemos fechar os olhos diante de outra realidade. Há uma pluralidade quanto ao universo religioso juvenil e isto nos desafia a compreender este cenário e descobrir ações pedagógicas e pastorais a fim de contribuir com o jovem na busca de seu ser humano e, sobretudo, o ser divino.
Sugestões de Leitura:

CNBB. Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais. Editora Paulinas.
Novaes , Regina. Juventude, percepções comportamentos: a religião faz a diferença? In: Retratos da Juventude Brasileira. Editora Fundação Perseu Abramo.
LIBÂNIO. J. B. Jovens em tempo de pósmodernidade: considerações socioculturais e pastorais. Edições Loyola.

Questões para Debate

1 - Os jovens, entre nós, têm fé em Deus? Como manifestam isso?
2 - Por que os jovens, em geral, não simpatizam com as formas tradicionais de manifestação da religiosidade?
3 - Qual é o sentido da fé para os jovens?

Sandra Michelluzzi Biazotto,
professora de Ensino Religioso no Colégio Marista São Luís, de Jaraguá do Sul, SC.
Endereço eletrônico: zmbiazotto@yahoo.com.br

Texto publicado no jornal Mundo Jovem, edição nº 405, abril de 2010, página 21.

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